1 ano de felicidade ! ♥
"Nada nesta vida é proporcional", bem pai, nunca disseste nada mais certo...

Gostar ou não gostar, eis a questão - II

Eu não gosto que me desiludam. Eu não gosto do Inverno, nem da roupa de Inverno, nem do frio. Eu gosto de ir à neve. Gosto quando neva mas gosto ainda mais quando faz sol. Eu não gosto de estudar quando está a chover. Eu não gosto quando a chuva me deixa deprimida. Eu não gosto de ter o período, muito menos das dores menstruais. Eu até gosto de ser mulher. Eu não gosto de pessoas orgulhosas, nem de pessoas imensamente sensíveis e pessimistas. Eu gosto de me rir à gargalhada e gosto de me rir das gargalhadas das pessoas. Eu gosto de gozar com ele. Eu gosto de lhe fazer cócegas e quando ele me faz a mim. Eu não gosto de levar pontapés no nariz sem querer. Eu gosto de dançar. Não gosto de violência. Eu gosto de ter o cabelo comprido. Gosto de tranças e do facto de estarem na moda. Eu gosto de já saber fazer mais ou menos a trança francesa. Eu gosto de fazer parvoíces. Gosto de ser responsável. Não gosto que me tratem mal. Não gosto de perder o comboio, nem gosto quando o comboio se atrasa, mas gosto de andar de comboio. Gosto das estrelas, mais do que gosto da lua. Eu gosto de escrever e de ler. Eu gosto de pensar à noite. Eu gosto quando adormeço feliz. Gosto de ter a casa só para mim. Gosto ainda mais de ter a casa só para mim e para ele. Gosto muito quando ele dorme comigo em Aveiro. Gosto quando dividimos tarefas. Não gosto de o acordar cada vez que me mexo durante a noite. Gosto de camas grandes, apesar de quando durmo com ele gostar de dormir abraçada. Gosto da minha pedra e do parapeito da minha janela. Gosto do meu blog, mas já escrevi mais e melhor. Gosto da calma da minha terra mas também gosto da azáfama das grandes cidades. Gosto de rosas, de túlipas e de orquídeas. Não gosto, nem um bocadinho, de flores secas. Gosto de ensinar coisas ao meu afilhado mas não gosto nada quando ele chora e chora e chora por ser um mimalho. Gosto dos abraços do meu namorado. Gosto de me abraçar às costas dele, se é que percebem como isso se faz. Gosto de comédias românticas, de filmes de acção e de dramas. Não gosto de filmes de terror. Gosto de História. Gosto de Português. Não gosto de fazer contas, nem que a matemática tenha letras. Gosto de passar em todas as cadeiras. Não gosto de tirar más notas. Gosto de anatomia e do Sancho. Gosto de patologia mas detesto as professoras e as péssimas apresentações de ppt que fazem. Gosto de me deitar no sofá sem nada para fazer. Gosto ainda mais quando isso incluí estar deitada nas pernas do Zé. Gosto de viajar. Gostava de conhecer todo o mundo. Gosto de ajudar os outros. Gostava de fazer uma missão humanitária. Não gosto nada que me agarrem as pernas na água. Gosto de concertos e de ir com ele aos concertos.


"O ano de 2008 vai ser bom para as mulheres portuguesas? Sim, pelo menos no que respeita aos gostos dos homens. Escrevo isto porque, depois de uma ronda em tom de pesquisa por entre vários elementos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 14 e os 84 anos, cheguei a uma conclusão que talvez seja óbvia para os homens, embora nada evidente para as mulheres: ter curvas é bom e as lombas não assustam.
Quando um homem olha para o corpo de uma mulher não vê o mesmo do que ela. Ele capta o conjunto, ela foca-se no pormenor. Ele fixa o que gosta, ela retém o que não lhe agrada. Ele associa a imagem a prazer, ela associa-a a princípios estéticos. O que quer dizer que quando uma mulher engorda um bocadinho, para ela isso pode representar um grande drama, enquanto ele nem sequer repara. Ou seja, para ela mais três quilos são um desastre e para ele apenas mais carne para agarrar.
O corpo perfeito é aquele que nós amamos. E uma pessoa aprende a amar outro corpo com o tempo. Primeiro habitua-se, depois vicia-se e depois já não quer mais nada.
Eis algumas verdades aparentemente inabaláveis para o universo masculino que recolhi na minha pesquisa caseira: a magreza é um mito e a magreza excessiva é um defeito; uma mulher sem ancas não é atraente porque não apela à procriação; o que faz um bom rabo é a forma e não o tamanho; o mesmo acontece com o peito. Isto quer dizer que o rabo pode ser grande e o peito pequeno, desde que um ou outro sejam bonitos. Também fiquei a saber que há barrigas que são sexy, que o que é mesmo mau é ter braços flácidos e que é muito raro uma mulher ter pés feios, embora a maior parte delas passe a vida a lamentar-se que padece de tal defeito.
Houve outros aspectos referidos como grandes qualidades e que muitas mulheres nem sequer pensam que podem ser importantes para os homens. O tom de voz, por exemplo, se for agudo, eles embirram. Eles reparam na forma de andar e não resistem a um bom sorriso. Os inquiridos foram unânimes quanto ao poder deste último, afirmando que todos, sem excepção, já se apaixonaram por um sorriso feminino. Uns falaram da importância de uma cintura marcada ou de umas pernas bem delineadas e não demasiado magras, outros da beleza dos cabelos compridos ou da elegância das mãos. Nenhum dos homens sabia quanto pesava a mulher ou namorada. Apenas os mais velhos sabiam quanto pesavam as noivas no dia do casamento porque as levaram ao colo.
Afinal, ter mais ou menos centímetros na cintura ou nas ancas não é um problema para eles. Alguns foram peremptórios em afirmar que uma mulher, por mais bem feita que seja, se não tiver outras qualidades, rapidamente se torna dispensável e que a beleza excessiva às vezes enjoa. Ouvi várias vezes a frase, «ela não era a mais bonita, mas…».
Há quem diga que quem o feio ama, bonito lhe parece. Vinicius de Moraes, perito em subverter ditados, dizia que quem feio ama, bonito lhe carece. O mesmo poeta, que gostaria de ter dormido com todas as mulheres do mundo se tivesse tido tempo, também dizia o amor é eterno enquanto duro.
Talvez haja aqui alguma sabedoria, com mais ou menos curvas e mais ou menos lombas."
Margarida Rebelo Pinto

Após a leitura desta crónica no livro da referida autora que estou a ler, intitulado "Onde reside o amor" achei interessante o que li e decidi postar. A beleza física têm-se tornado cada vez mais importante para toda a sociedade. E, até eu, que sempre fui uma desleixada, me começo a preocupar com isso e a ver defeito em todo o lado. Por isso, caros senhores e caras senhoras que, por um devaneio ou por falta de melhor para fazer, passem por aqui e leiam estas palavras, respondam-me, concordam com o que está dito nesta crónica?

Gostar ou não gostar, eis a questão - I

Eu gosto muito, mesmo muito, do meu namorado. Eu gosto de dormir. Eu gosto de coisas que não se podem dizer aqui. Eu não gosto que me acordem aos berros. Eu gosto do meu afilhado. Eu gosto de comer. Eu gosto de lasanha, de bolonhesa, de pizza. Eu não gosto de cenouras, nem de ervilhas, nem de kiwis. Eu, às vezes, gosto de mim, outras, nem por isso. Eu gosto do sorriso dele. Eu gosto da cor do meu cabelo, mas não gosto de perder tempo com ele. Eu gosto do sol, do mar e de sentir a areia molhada nos pés. Eu gosto de sentir o sabor da água salgada nos lábios. Eu gosto de biquínis, mas já gostei mais de me ver de biquíni. Eu não gosto de fatos de banho, mas gosto de triquinis na pessoa certa. Eu gosto do Verão, acho que já se notou. Eu gosto de música. Eu gosto de guitarra. Eu gosto de cantar, já gostei mais de tocar guitarra. Eu gosto quando ele canta ao meu ouvido, apesar de cantar mal. Eu gosto de ouvir rock, de indie, de metal, mas também gosto de baladas com uma boa letra. Eu gosto de ser rebelde, mas também gosto de romance. Eu gosto de namorar com ele. Eu gosto do Salvi et Spe. Eu não gosto quando o grupo se desleixa. Eu gosto de cinema. Eu gosto de ir ao cinema. Eu gosto de ver filmes e gosto de ficar colada neles. Eu não gosto do meu nariz. Às vezes gosto dos meus olhos. Eu gosto quando ele me olha nos olhos. Eu gosto quando o meu afilhado fala comigo e chama por mim, apesar de ainda não falar direito. Eu não gosto que os meus pais sejam injustos. Eu ainda gosto de ver desenhos animados. Eu gosto de ver séries. Eu não gosto da vida perfeita que as novelas mostram. Eu não gosto da fantochada que são os MCA. Eu gosto das minhas cidades, ambas. Eu gosto de passear no fórum com as minhas amigas, mas prefiro ir às compras com o meu namorado. Eu gosto quando a minha prima Joana está cá, mas não gosto de não poder estar sozinha com o Zé. Eu gosto dos meus primos, mesmo que eles sejam uns chatos. Apesar de tudo, eu gosto do meu irmão. Gosto de jogar à bola e de jogar volei. Eu gosto de ir para a piscina e gosto de fazer o pino na água porque é o único sítio onde o consigo fazer. Eu, às vezes, gostava de ainda ser criança. Eu gosto de peixe, e de carne, mas não gosto muito de legumes. Eu gosto de manga e gostava que ele gostasse de manga. Eu gosto de sumos de fruta naturais. Eu gosto de vodka. Eu não gosto de cerveja, mas até bebo. Eu gosto de roupa e de comentar a roupa dos outros. Eu gosto de fotografia, de fotografar e às vezes de ser fotografada. Eu gostava de fazer uma sessão fotográfica. Eu gostava de ganhar algum dinheiro com a música. Eu gostava de acabar o curso e ter emprego garantido. Eu gosto de pensar que o Zé vai passar no exame e, como é óbvio, não gosto de pensar o contrário. Não gosto de birras, mas gosto de fazer beicinho. Eu não gosto de ver as pessoas tristes e gosto de as animar. Não gosto de ter sinusite nem rinite alérgica. Eu gosto quando me dão razão, mas não gosto quando são complacentes. Eu gosto de boa educação. Gosto quando estou com ele. Normalmente, gosto dos ensaios do grupo. Não gosto de, neste momento, a minha consciência não estar totalmente limpa. Eu não gosto de saber o que sei. Eu não gosto de mentiras, de omissões, nem de traições. Eu gosto do amor. Eu não gosto que o destruam.

para que alguns reflitam...

"A fidelidade não é uma qualidade, é uma característica, por isso não é fiel quem quer, é fiel quem pode. E quem não pode faz o que pode para não ter remorsos e para que não ser apanhado. (...)
Esta é a génese do amor: dar e dar-se, entregar e entregar-se. Quem não se quer dar ou não se consegue entregar, não ama verdadeiramente o outro. Pode até ter por ele um afecto profundo, alta consideração e estima, mas nada disso é amor. O amor é outra coisa. É querer e querer e querer, todos os dias a todas as horas aquela pessoa. Querê-la por perto e querer que ela seja feliz. E se a queremos por perto e para nós, e se a queremos por perto e para nós como podemos aceitar que troque a nossa companhia por outra ou quem empreste aquele corpo que nos pertence a outro, ainda que em momentos fugazes? O amor, se é inteiro e pleno, não tem margem para infidelidades, a não ser que estas sejam desejadas de parte a parte. (...) Acredito que a infidelidade éuma armadilha; primeiro abraça-nos e depois estrangula-nos. E não há nada melhor para dar cabo de uma relação, ainda que esta se mantenha por muitos e bons anos.(...)"

Margarida Rebelo Pinto

How is possible?

"Quando mentes, tens que cobrir essa mentira com outra mentira o que significa que irás
sempre mentir, até dizeres a verdade."

A minha consciência é limpa e leve. Detesto mentiras, detesto omissões, detesto traições. Neste momento, a minha consciência não está assim tão leve, infelizmente. Mas estou a fazer tudo para mudar isso. Lamento, apenas, que muita gente não sinta peso na consciência suficiente. Não sentem, mas deviam. Tenho dito.

(Eu sei que este texto não tem sentido nenhum. Enfim, foi só um desabafo.)