Z *


Cada vez que alguém me liga, eu espero que sejas tu.
Cada vez que o meu telemóvel vibra, eu quero que sejas tu.
Cada vez que a minha campainha dá sinais de vida, eu tenho a estúpida esperança que sejas tu.
Cada vez que entro no MSN, espero que uma das pessoas a falar-me sejas tu.
Cada vez que vou na rua cruzo o meu olhar com toda a gente, apenas procurando um único olhar, o teu.
Cada vez que olho pela janela, anseio ver-te passar, mesmo que seja ao longe, em silêncio.
Cada vez que uma lágrima cai, lembro-me que tu a fizeste cair, que eu a fiz cair, que o 'nós' a fez cair.
Cada vez que a alma dói e o vazio me reduz a uma peça insignificante para o funcionamento do Mundo, recordo que tu me fizeste um dia sentir assim.
E és só tu, eu, nós e nada.
Sempre tu, apenas tu e a m**** que eu sou.
Um dia tudo vai passar, eu sei...
Um dia, eu vou ultrapassar, eu sei...
Um dia...
O simples pensamento de dormir sem uma sms tua, de acordar sem uma sms tua, de não ter o teu carinho, de não te ver sorrir para mim nunca mais faz-me enlouquecer.
A cada dia que passa o vazio torna-se maior. Mas eu não consigo esquecer o que se passou.
Vou-te defendendo com unhas e dentes porque nunca aprendo, porque continuas a fazer parte de mim.
Mas a mágoa é enorme, a desilusão é enorme e sinto-me enormemente estúpida por sentir raiva de ti.
Mesmo assim, tu continuas a ser TU, e eu sinto a tua falta.
Porém não irei chorar mais...

'Just for today breath me and say goodbye. (...) Now I can't look you in the eye.'
As amizades deveriam ter uma validade vitalícia!

auto destruição


'então chau!' e o telémovel faz um tão doloroso 'pipipi'. É o fim! O fim de uma estrada, de uma jornada, com o fim de uma chamada. É o fim, que anuncia o meu exagerado processo de auto destruição. O desespero, a raiva e a dor tornam-se insuportáveis. As lágrimas rolam pelo rosto na loucura da noite, no escuro, sem que ninguém o note. É o fim! E dói muito mais do que deveria doer. É o ínicio de um processo de auto destruição.

A minha inspiração desapareceu como consequência de um 'encontro' indesejado.

do you see?

How can I decide what's right,
when you're clouding up my mind?
I can't win your losing fight.
All the time...
(...)
But you won't take away my pride.
No, not this time...Not this time.
How did we get here,
When I used to know you so well?
But how did we get here!?
Well, I think I know.
(...)
Well, I will figure this one out
On my own...
I'm screaming "I love you so"...
But my thoughts you can't decode!
Do you see what we've done?
We're gonna make such fools of ourselves.
(...)
How did we get here?



Decode - Paramore
(não é uma música que me agrade propriamente, mas a letra faz imenso sentido agora)



"finalmente percebi..."


Sentada em frente ao computador relembro todas as palavras que foram ditas e reditas por nós e que causaram estragos, certamente, irreparáveis. Sem dar por isso, vou relembrando cada momento que vivemos juntos e as perguntas vão surgindo na minha mente perturbada. As respostas não surgem claras, nem precisas, são apenas meras suposições, meros pensamentos em que quero acreditar. Mas serão verdade?
Num momento, tudo deixou de fazer sentido. Todo o sentimento que existia deu lugar a uma enorme desilusão, a uma mágoa que vai deixar uma marca eterna. Como pudemos chegar aqui? Como pudeste sequer pensar tais coisas de mim?
Sei que não sou a mesma miúda animada que te perdoava tudo, que mesmo chateando-se contigo o esquecia momentos depois, bastava um sorriso teu. Não fui eu que mudei, tu mudaste-me, a vida mudou-me, o Mundo poluído mudou-me, os seres humanos (e os restantes que não são dignos desta designação) mudaram-me. Hoje sou o que sou, mas não sou o que disseste. NÃO SOU!
Sabes, fiquei mais fria é verdade. Mas tudo isto faz parte de um processo de crescimento. Não poderia de maneira nenhuma manter-me a pessoa que era, precisava de mudar para sobreviver. Mas não me tornei na má pessoa com que fizeste o meu retrato.
Bastaram-te dois minutos para se destruir, novamente, tudo o que reconstrui com tanto esforço. Agora entrei num processo de auto-destruição... TU não o podias ter feito!
A raiva cresce cada vez mais, as sensações misturam-se num turbilhão, quero controlar mas não consigo, quero esquecer mas não consigo.
Deixei de acreditar no futuro da nossa amizade, lamento, mas não consigo.
Lamento também o teu desinteresse...

Um dia, finalmente vais perceber!
Espero que já não seja irremediável...





Tenho tanto para dizer e ao mesmo tempo tão pouco!

proud, pain, dark, insane.

* pain - 1. dor; 2. sofrimento; 3. mágoa; 4. punição; 5. castigo; 6. fazer doer; 7. fazer sofrer.

* proud - 1. orgulhoso; 2. soberbo; 3. altivo; 4. arrogante.

* dark - 1. escuridão; 2. trevas; 3. ignorância; 4. escuro; 5. sombrio; 6. tenebroso; 7. triste; 8. mau; 9. cruel.

* insane - 1. louco; 2. insano; 3. doente; 4. alienado; 5. tolo.

Há dias assim...
Há pessoas assim...
Há vidas assim...