"finalmente percebi..."


Sentada em frente ao computador relembro todas as palavras que foram ditas e reditas por nós e que causaram estragos, certamente, irreparáveis. Sem dar por isso, vou relembrando cada momento que vivemos juntos e as perguntas vão surgindo na minha mente perturbada. As respostas não surgem claras, nem precisas, são apenas meras suposições, meros pensamentos em que quero acreditar. Mas serão verdade?
Num momento, tudo deixou de fazer sentido. Todo o sentimento que existia deu lugar a uma enorme desilusão, a uma mágoa que vai deixar uma marca eterna. Como pudemos chegar aqui? Como pudeste sequer pensar tais coisas de mim?
Sei que não sou a mesma miúda animada que te perdoava tudo, que mesmo chateando-se contigo o esquecia momentos depois, bastava um sorriso teu. Não fui eu que mudei, tu mudaste-me, a vida mudou-me, o Mundo poluído mudou-me, os seres humanos (e os restantes que não são dignos desta designação) mudaram-me. Hoje sou o que sou, mas não sou o que disseste. NÃO SOU!
Sabes, fiquei mais fria é verdade. Mas tudo isto faz parte de um processo de crescimento. Não poderia de maneira nenhuma manter-me a pessoa que era, precisava de mudar para sobreviver. Mas não me tornei na má pessoa com que fizeste o meu retrato.
Bastaram-te dois minutos para se destruir, novamente, tudo o que reconstrui com tanto esforço. Agora entrei num processo de auto-destruição... TU não o podias ter feito!
A raiva cresce cada vez mais, as sensações misturam-se num turbilhão, quero controlar mas não consigo, quero esquecer mas não consigo.
Deixei de acreditar no futuro da nossa amizade, lamento, mas não consigo.
Lamento também o teu desinteresse...

Um dia, finalmente vais perceber!
Espero que já não seja irremediável...

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